Ricardo Hiroyuki Shibata

 D. CRISTÓVÃO DA GAMA, MÁRTIR DA ETIÓPIA


As arremetidas militares de D. Cristóvão da Gama, quarto filho do Almirante do mar das Índias, o famoso Vasco da Gama, e de seu pequeno exército, formado por quatrocentos soldados, nas terras do Preste João, na Etiópia, em 1541, foi um dos eventos mais heroicos dos portugueses no Oriente. Além dos aspectos sacrificiais e dolorosos, conforme seu viés religioso com lances de caráter martirológico, a proteção a este potentado cristão interessava também pela soberania política em relação à expansão muçulmana numa região estratégica para controle das rotas de comércio das especiarias.  

Este evento foi de tal grandeza que mereceu ser imortalizado nos belos versos de Os Lusíadas, de Luís de Camões. Após todas as agruras do périplo marítimo, a resistência dos indianos ao comércio e a animosidade com os muçulmanos, os navegantes portugueses retornam a Portugal, quando se deparam no meio do oceano com a Ilha dos Amores (CAMÕES, 2016, p.498). Ali, sob o governo da deusa Tétis (a ninfa que ludibriara o gigante Adamastor), Vasco da Gama vislumbra seu futuro triunfante e a perpetuidade de sua dinastia:  

 

“Nesta terra remota um filho teu   

Nas armas contra os Turcos será claro;

Há-de ser Dom Cristóvão o nome seu,

Mas contra o fim fatal não há reparo”. (X, 96, 1-4)

 

Como diz aproximadamente Peter Burke, os herois são indicadores culturais, pois refletem os valores da sociedade que os votaram acima de outros cidadãos da comunidade política. E do mesmo modo, devem ser tratados os santos e os mártires. Melhor ainda, quando os herois se tornam santos por suas virtudes e morrem em martírio. É que os santos não são apenas paradigmas perfeitos das práticas piedosas, mas também são mediadores eficazes com Deus em nome dos vivos. No limite, os santos, assim como certos herois, são mais valiosos e mais poderosos mortos do que vivos. (BURKE, 1984, p.130)

As agruras e as vicissitudes por que passou D. Cristóvão da Gama e seus fieis colaboradores foram narrados pelo testemunho presencial de Miguel de Castanhoso, em seu relato Historia das cousas que o muy esforçado capitão Dom Cristouão da Gama fez nos reynos do Preste Ioão, com quatroce[n]tos Portugueses em que consigo leuou, publicado em Lisboa, no ano de 1565, pelo tipógrafo régio João Barreira. Este relato de Castanhoso foi igualmente a fonte de outras narrativas posteriores que trataram da presença portuguesa na Etiópia, por exemplo, sem qualquer intenção de exaustão: Breue relação da embaixada q[ue] o Patriarcha Dõ Ioão Bermudez trouxe do Emperador da Etiophia chamado Preste Ioão, de João Bemudez (Lisboa, 1565);  Lendas da Índia, de Gaspar Correia (c.1556); Década Quinta da Ásia, de Diogo do Couto (Lisboa, 1612); Historia General da Ethiopia a Alta, de Baltasar Teles (Coimbra, 1660); dentre outros. (MACHADO, 1787, p.219)

Segundo informa a historiografia coeva, o ano de 1541 iniciava pouco promissor para os entrepostos comerciais portugueses sediados nas Índias. As embarcações muçulmanas percorriam o Mar Vermelho à caça de navios mercantes que faziam o transporte das especiarias para a Europa por meio da rota descoberta por Vasco da Gama. Foi neste momento que o governador D.Estevão da Gama recebeu um pedido de socorro, com viés de urgência, do rei da Etiópia. Hostes muçulmanas haviam desembarcado no litoral dos abexins e ameaçavam a sobrevivência desse potentado cristão, aliado estratégico dos portugueses. Rapidamente mobilizadas, tropas portuguesas sob o comando de D.Cristõvão da Gama, irmão do Governador, responderam prontamente ao pedido. (MARKHAM, 1867-1868)

No meio dos batalhões, encontrava-se Miguel de Castanhoso, recém-nomeado escudeiro da casa real de D.João III. Castanhoso era natural de Santarém e descendia de família nobre com raízes em Espanha. Estando a ligado à família régia portuguesa, foi prestar serviço na Índia, embarcando na armada do governador D.Estevão da Gama que ia em direção ao Mar Vermelho em primeiro de janeiro de 1541. Integrou as hostes lusitanas que iam em socorro ao rei abexim contra a invasão muçulmana da Etiópia. Após inúmeras contendas entre cristãos e infieis, Castanhoso foi ferido gravemente no braço esquerdo – depois teve de amputá-lo – e seu capitão, D.Cristõvão da Gama, foi capturado e executado. Apenas uma coalização de reinos locais, com o auxílio dos poucos soldados portugueses remanescentes, conseguiu debelar a invasão muçulmana. 

Em 1544, Miguel de Castanhoso retorna a Portugal e, em audiência régia, presta contas de sua aventura indiana por meio de cartas de serviço, enviadas ao rei português pelos abexins e das quais era fiel depositário, e do relato da tragédia ocorrida com D.Cristóvão da Gama. Em 1548, foi nomeado cavaleiro da Ordem de Cristo. Em 1554, partiu de Lisboa como capitão de uma das naus que formavam a esquadra do Vice-Rei D.Pedro de Mascarenhas. Depois disso, nada mais se sabe do paradeiro de Miguel de Castanhoso. 

Conquanto o nome de Castanhoso tenha se perdido em meio a tantos cronistas e historiadores que trataram de matéria indiana à época das conquistas portuguesas no ultramar neste prolífico manancial de micro-histórias (GINZBURG, 1987; GINZBURG, 1990), a figura de D.Cristóvão da Gama haveria de permanecer na memória daqueles que votaram as suas vidas heroicamente em favor da monarquia lusitana e da expansão da fé cristã.   

As primeiras informações biográficas que temos do quarto filho de D.Vasco da Gama datam de fevereiro de 1532, quando uma armada partiu de Lisboa em direção à Índia. Nela, embarcados, três irmãos da família Gama (Estevão, Paulo e Cristóvão). Todas as naus chegaram a salvo a Goa, exceto aquela capitaneada por Estevão da Gama que se perdeu no trajeto e foi parar num pequeno porto da Arábia. Desembarcando em terra com parte da tripulação, para provisões, água e reconhecimento do território, Estevão é surpreendido por uma violenta tempestade que desbaratou a nau, cuja sorte, agora sob o comando provisório do jovem Cristóvão, conseguiu fundear em Moçambique. Estevão empreendeu imediatamente as buscas pela nau perdida. De Socotorá a Mogadício, e depois a Melinde, porém, sem encontrá-la. Conseguiu seu intento por meio de informações das populações locais. Ele, o irmão e a tripulação invernaram em Moçambique, aguardando o regime favorável de monções. Em setembro de 1534, chegaram a Goa. Foi neste período que morreu Paulo da Gama, capitão da fortaleza de Malaca, vítima de uma emboscada dos inimigos. (COUTO, 1736: década IV, livro VIII, cap.II)   

Diogo do Couto, em seu Tratado dos feitos de Vasco e de seus filhos na Índia, esclarece que o descobrimento do caminho marítimo para as Índias foi de tal magnitude, por sua “grandeza e temeridade”, que merece figurar como “couza que passou la na outra vida”, ou seja, não foi um sucesso de simples mortais. A distância geográfica, o desconhecimento das novas terras descobertas e a enorme incerteza em meio a povos e costumes tão diversos, em que pese a atmosfera de tensão passional proporcionada por aliados cristãos e pelos inimigos infieis, aumenta a proporção épica dos herois lusitanos. Isto, porque a excepcionalidade da viagem de Vasco da Gama, fazendo “comonicaveis o Gange com o Tejo, o Eufrates co[m] o Minho, o Nilo co[m] o Douro, o Tigre co[m] o Gadiana, ajuntando o primeyro ponto do naçimento do sol, co[m] o ultimo fin de seu po[e]nte” (COUTO, 1998, p.21), torna-se ainda maior, se levarmos em conta o pequeno Portugal, a “cabeça da Europa”, situado na parte mais ocidental do mundo conhecido. 

Pois bem, inspirado no relato de Castanhoso, o historiador quinhentista Francisco de Andrada dedicou um capítulo de sua Chronica delRey Dom João o III – o capítulo LXXX, da parte III (“O gouernador manda seu irmão dom Cristovam da Gama a socorro do Preste João, dasse conta breuemente do que lhe sucede na jornada”) –, apresentando um resumo dos principais lances que ocorreram a D.Cristóvão e seu fatídico destino. Diz ele que, após os pedidos de ajuda por parte do Preste João. D.Estevão da Gama chamou seus conselheiros para deliberar sobre os provimentos para a guerra contra os turcos em terras da Etiópia. Ele, “sem dar conta a ninguem detriminou mandar seu irmão dom Cristovão”, contrariando o prudente conselho de seus generais (“fidalgos honrados”), pois foram claramente contrários (“o que de todos foi mal recebido”). Seus conselheiros mais próximos desejavam “hum homem de mais idade e mais experiência”. No entanto, para compensar tal despreparo (salientado com veemência por seu conselho), o governador resolveu aumentar o número de soldados da tropa a ser enviada – quatrocentos soldados “dos milhores... que hião na armada”, divididos em cinco batalhões; além disso, com acréscimo de armamento de apoio, artilharia pesada e maior quantidade de mantimentos. Deram início à marcha a seis de julho a partir do litoral.

Marcharam muitos dias sob um sol escaldante, sem fontes de água disponíveis, por entre serras tão íngremes que tiveram muitas vezes que apear dos cavalos, descarregar todo o equipamento e levá-lo às costas. Montaram acampamento numa pequena cidade, localizada numa grande planície, para passar o inverno; momento no qual receberam a vista da rainha dos abexins, a mãe do Preste João, com notícias da chegada iminente de tropas locais que viriam em auxílio às tropas portuguesas. Após os primeiros embates, dos quais sempre sairiam vitoriosos, D.Cristóvão houve por bem mudar seu acampamento para um arraial próximo, de onde poderia ter vantagem estratégica sobre os avanços dos inimigos e ali melhor defender a sua posição.

Foi quando: 

 

“Os mouros cometerão o arrayal com tanta furia, que ainda que os nossos se defenderão muyto espaço tão valerosamente, que sempre se enxergava nelles mais desejo de venderem bem as vidas que de as saluarem, todauia tanta foy a multidão dos inimigos que recreceo sobre elles, que pôde mais a sobegidão dos muytos que o esforço dos poucos, com que aquelle dia ficárão aly mortos os mais dos nossos, e dom Cristovão com duas feridas mortais querendose ir meter antre os inimigos ácabar a vida, onde via acabadas tantas de seus companheiros, forçado de catorze dos que estavão vivos, e com comodidade de se poderem saluar, se foy retirando para huns matos onde passou a noite, e se curou parecendolhe que estaua fora de perigo, porem alyo forão descubrir muytos dos inimigos”.

 

Cercados por todos os lados, o fidalgo português e seus soldados foram presos, “a elle e a todos os companheiros leuarão atados diante del Rey [de Zeila], com que mostrou grande contentamento, e a dom Cristovão mandou dar muytas bofetadas ao rosto com as alparcas dos seus escravos, e dos cabellos da barba lhe mandou fazer tranças, em que lhe puserão candeas de cera pequenas acesas, e desta maneyra o mandou leuar por todo o exercito para mór vituperio, o que elle sofreo com tanto animo e paciencia, que bem lhe enxergou quanto fauor tinha do espirito do ceo, a quem offerecia o que aly passaua, e após esta afronta e outras muytas o tornarão a el Rey, que por sua propria mão lhe cortou a cabeça”. E, continua: “naquelle lugar em que caira o sangue do corpo morto de dom Cristovão, se abrira huma fonte cuja agoa salua a saude de Cristãos enfermos, e aleijados”. (ANDRADA, 1976, pp.830-833)

 

Segundo uma outra versão ainda baseada no relato de Castanhoso, frei Luís de Souza, em seu “Treslado da carta del-rei de Etiópia sobre a morte de D.Cristovão”, publicado em seu Anais de D.João III, referiu-se a uma carta do rei etíope, da linhagem “de David e de Salamão [sic], reis de Israel”, a seu aliado, o rei português, em agradecimento pelo auxílio no combate aos muçulmanos, datada de seis de dezembro de 1550. Ali, ele informa que:

 

“O capitão D.Cristóvão saiu do mar e entrou em minhas terras com quatrocentos frangues, e muitas bombardas e espingardas, e outras muitas armas. Contra o qual se juntaram logo muitos mouros. Os nossos eram poucos, e assi o tempo não foi então nosso”. Como as tropas do rei abexim estavam em outra localidade, recebeu pedido para que se juntasse o mais rápido possível às tropas portuguesas, porém, “no caminho me deram novas que Gerad Ahamed [líder dos mouros] matara a D.Cristóvão e a muitos frangues e tinha tomado todas as bombardas e munições e armas que traziam. E que os frangues que escaparam eram espalhados pola terra” (SOUSA, 1938, v.II, p.285).

 

A partir da leitura das ações portuguesas nas Índias, relatadas pelo mesmo historiador frei Luís de Sousa, é possível entender que a participação dos irmãos Gama, sobretudo, tem relação com a luta pelo controle do Mar Vermelho após a vitória na batalha de Diu, com o objetivo de estrangular as frotas turcas e árabes em áreas insuspeitadas pelos inimigos, ou seja, nos portos em que eram originariamente fundeadas. É nesse sentido que D.Estevão da Gama comandou, desde a cidade indiana de Goa, uma imensa armada, com navios de guerra, embarcações auxiliares e tropas de infantaria – a maior expedição até então vista (SOUSA, 1938, v.II, livro I, cap.XV, p.192s). Isto, porque durante muito tempo os portugueses mantiveram atitude defensiva devido à falta de equipamentos e tropas necessários para angariar qualquer vitória representativa na região. Ao medir forças em Diu, os portugueses tiveram a certeza de que poderiam, com sucesso, conquistar mais territórios para além da Índia e invadir possessões dos inimigos muçulmanos. Certeza que foi posta em xeque ao descobrirem que as forças inimigas aquarteladas em Suez eram muito maiores do que se previa e que a expedição marítima enviada a anterior (e gloriosa para os portugueses) batalha de Diu nem de longe correspondia à totalidade da armada muçulmana.

E é também nesse sentido que podemos entender o envio de D.Cristóvão da Gama para o pronto auxílio ao rei da Etiópia face à invasão turca de seu território. Tratava-se não apenas de salvar um importante aliado cristão, portanto dar continuidade ao projeto imperial manuelino (cercar os hereges por várias frentes e cumprir a missão apocalíptica do fim dos tempos), mas também garantir livre circulação por mar e terra na parte extrema da África. Como explica Luís Felipe Thomaz, o Estado da Índia passava por um período de transição entre o pragmatismo de caráter comercial (Afonso de Albuquerque é um bom exemplo dessa visão de mundo) e a participação cada vez maior de uma mentalidade de viés religioso. Esse “imperialismo da fé”, que impregnava profundamente a atmosfera cultural e social, tinha por ambição constituir o Estado português nesta parte do além-mar em um Estado católico em Goa, quer dizer, em um grande centro eclesiástico como massiva fonte disseminadora da cultura cristã naquela região. Eram ecos precoces da Contra-Reforma e do concílio de Trento (1543-1563), e da chegada dos primeiros jesuítas (1542) com seu esforço bem sucedido de evangelização das elites regionais (BURKE, 1984). 

Pois bem, quase um ano após a fatídica batalha, o conde D.Francisco da Gama, quarto conde da Vidigueira, empreendeu os primeiros esforços para recuperar os restos mortais de D.Cristóvão da Gama. Recebera informação de que o paradeiro da sepultura de seu parente ainda era desconhecido e que os seus restos mortais estavam dispersos em várias localidades. De qualquer forma, nenhuma informação era certa e fidedigna. Depois, já na qualidade de Vice-Rei e Almirante do mar da Índia (1622-1627), incumbiu, em 1624, a D.Afonso Mendes, patriarca da Etiópia, e aos padres da Companhia de Jesus em missão naquele reino africano que não medissem esforços para encontrar a sepultura de D.Cristóvão da Gama e recolhessem as suas preciosas relíquias, transladando-as para a Índia, conforme testemunha a carta ânua de 1626-1627, escrita pelo Padre Manuel de Almeida.

Em 1626, a missão de busca no interior da Etiópia foi delegada ao padre Jerônimo Lobo que, com a escolta de um pequeno exército abexim, disponibilizado a ele pelo monarca etíope, encontrou o local onde fora executado e sepultado D. Cristóvão da Gama (THOMAZ, 1998, p.252-253). Duas testemunhas foram imprescindíveis para tal intento: a primeira, um ex-combatente muçulmano, que participara à época do enfrentamento com os portugueses; a segunda, o filho de um soldado, que fez parte das hostes portuguesas lideradas por D.Cristóvão e que ouvira do pai várias estórias sobre o fim trágico do nobre lusitano. As duas testemunhas indicaram o mesmo local – uma grande elevação formada por pedras amontoadas, perto de uma árvore imensa entre dois ribeiros. 

E não muito distante dali, uma pequena fonte onde fora lançada a cabeça de D.Cristóvão, atada a um cão morto para envilecer o cadáver do comandante português. Após essas diligências, os restos mortais foram reunidos e presenteados a D.Francisco da Gama, que os trouxe consigo de Goa para Portugal. Ainda em 1660, as relíquias do heroi português – e, antes de tudo, mártir, com viés de santidade por morrer em nome da fé – eram motivo de veneração entre os descendentes da família Gama. D.Vasco Luís da Gama, quinto conde da Vidigueira e primeiro conde de Niza, dedicava-lhes enorme estima e veneração (TELES, livro V, cap.VII, p.419).  

 

Referências

Ricardo Hiroyuki Shibata é docente do Delet/Unicentro/PR, Doutor em Teoria/História Literária (Unicamp), Pós-Doutor em História das Mentalidades (Unicamp) e Pós-Doutor em História da Cultura (UFPR).

ANDRADA, Francisco de. Crônica de D.João III. Porto: Lello & Irmão, 1976.

BURKE, Peter. How to become a counter-reformation saint. In: VON GREYERZ, Kaspar (ed.). Religion and Society in Early Modern Europe, 1500-1800. London: German Historical Institute, 1984, p.45-55.

CAMÕES, Luís Vaz de. Os Lusíadas. Lisboa: Almedina, 2016.

COUTO, Diogo do. Tratado dos feitos de Vasco da Gama e seus filhos na Índia. Lisboa: Cosmos, 1998.

_____. Décadas da Ásia. Lisboa, 1736.

GINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes. O cotidiano e as idéias de um moleiro perseguido pela inquisição. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.

_____. Mitos, emblemas, sinais. Morfologia e História. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.

MACHADO, Diogo Barbosa. Biblioteca Lusitana. Lisboa: Academia Real de Sciencias, 1787.

MARKHAM, Clements R. On the Early Portuguese Expeditions to Abyssinia. Proceedings of the Royal Geographical Society of London, 1867-1868, v.12, n.1 (1867-1868), pp.11-19.

SOUSA, Frei Luís de. Anais de D.João III. 2v. Lisboa: Sá da Costa, 1938.

THOMAZ, Luís F.. De Ceuta a Timor. Lisboa: Difel, 1998.

WHITEWAY, Richard S. The Portuguese Expedition to Abyssinia in 1541-1543 as Narrated by Castanhoso. London: Hakluyt Society, 2010.

4 comentários:

  1. Boa noite. Muito legal o seu texto!. Bem, nos dias atuais D. CRISTÓVÃO DA GAMA é lembrando na Etiópia ou em Portugal ou não faz mais parte da memória social desses povos? Obrigado pelo trabalho e atenção. Marlon Barcelos Ferreira

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  2. Creio a figura de D.Cristóvão da Gama se restringe ao âmbito dos historiadores. Mesmo em Portugal, é Vasco da Gama, o seu parente mais próximo e conhecido que é mais lembrado.
    Agradeço pela pergunta!

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  3. Leonardo Teles de Matos Santos7 de outubro de 2021 às 19:41

    Prezado Ricardo Hiroyuki Shibata,

    Parabéns pelo texto! Muito enriquecedor!
    Há pesquisadores(as) e estudiosos(as) etíopes que pesquisam acerca de D. Cristóvão da Gama? Se sim, qual a abordagem deles(as) acerca deste personagem histórico?
    Gostaria de perguntar, que métodos, ferramentas, na sua opinião, poderíamos utilizar para retirar D. Cristóvão da Gama apenas do meio dos historiadores e introduzi-lo no ensino de História da África?

    Desde já agradeço. Leonardo Teles de Matos Santos

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  4. Olá Leonardo,
    Agradeço pela pergunta. A historiografia africana se interessou pela figura de D.Cristóvão a partir do estabelecimento das relações da África com outros povos, sobretudo no século XVI. E este processo foi realizado a partir dos textos de Diogo do Couto, historiador português que tratou dos feitos da família Gama.

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