Felipe Vidal Benvenuto Alberto

A VISITA PAPAL AO IRAQUE E O ESFORÇO DE DIÁLOGO COM O ISLÃ EM FUNÇÃO DA HISTÓRICA PRESENÇA CRISTÃ NA REGIÃO


Não é de hoje que o Iraque é visto pelo Ocidente como um foco de instabilidade regional com potencial de consequências a nível global. Tampouco essa visão estereotipada coincide apenas com a invasão estadunidense ao país, em 2003, no bojo da chamada “Guerra ao Terror”, apesar da inegável relevância desse momento histórico para a desestabilização local que se arrasta até hoje. Ainda que o recorte adotado se refira apenas ao período que sucede a dissolução do Império Otomano, não seria adequado associar tranquilidade ao conturbado século XX iraquiano. Passando por sucessivas revoluções, governos ditatoriais, intervenções estrangeiras e pluralidade étnico-religiosa que minaram a possibilidade de estabilidade estatal em sua história recente, o país tornou-se solo frutífero para proliferação de grupos radicais.

Na atualidade, as mais diversas dificuldades ainda assolam aqueles que por lá vivem, sendo muitas delas compartilhadas com boa parte dos países vizinhos. Esses fatores variam desde a violência do radicalismo religioso até as velhas disputas dinásticas por poder político, não menos perigosas à população local. Fato é que mesmo o Iraque contemporâneo parece não alcançar capacidade mínima de organização interna, o que acaba por afastar uma presença mais concreta de atores internacionais em seu território. A consequência mais direta dessa ausência é o agravamento da dificuldade na missão de reinserir o país nos foros internacionais. No entanto, é possível apontar também que, de um ponto de vista mais abstrato, estar fora dos noticiários internacionais pode levar o Iraque ao status de esquecimento, frequentemente experimentado por outras nações pouco visadas economicamente, e que dialoga com uma já vigente banalização das catástrofes humanitárias no local.

Sob essa perspectiva, a recente visita do Sumo Pontífice ao território conflituoso, em março de 2021, cumpriu seu papel, dado que a visita se deu sem nenhuma intercorrência relacionada à segurança do Chefe de Estado do Vaticano, ainda que a mesma tenha sido agendada para um período conturbado devido ao agravamento da pandemia de COVID-19 no destino. Contudo, inúmeras outras facetas desse momento sui generis merecem ser observadas, especialmente levando em consideração os contextos histórico e político em que o evento está inserido.

 

Presença do cristianismo na região

Apesar de ser tradicionalmente lembrada como uma região exclusivamente muçulmana, o que se explica pela predominância da prática por lá na história recente, o Oriente Médio como um todo ainda guarda um número bastante relevante de fiéis cristãos, em sua maioria professando a fé através de ritos orientais que persistem em consonância com a Igreja Católica Apostólica Romana.

Foi em terras pertencentes ao atual Iraque que viveu o profeta Abraão, aquele que representa um ponto de convergência histórica entre as três maiores religiões monoteístas do mundo. Inúmeros locais citados na Bíblia cristã também estão por lá, bem como o próprio cristianismo pode ser considerado pioneiro na região, uma vez que é praticado sistematicamente desde o século I. [Hourani, 2006]

A prática cristã predominante na região se dá segundo o rito caldeu, fundado por grupos de dissidentes da Igreja do Oriente. Um dos pontos causadores da separação foi exatamente a ânsia do dito grupo em congregar com a Santa Sé. Sendo assim, a Igreja Católica Caldeia é até hoje sui iuris da Igreja Católica Apostólica Romana, ou seja, apesar de possuir seu próprio patriarca caldeu, o mesmo está sempre sob a supervisão do Bispo de Roma. [Shelley, 2018]

São algumas as eparquias presentes no Oriente Médio, mas a diminuição no número de fiéis cristãos e a crescente violência na região não pouparam nem mesmo lideranças religiosas locais, havendo casos emblemáticos de atrocidades como o violento assassinato do arcebispo caldeu iraquiano Paulos Faraj Rahho, em 2008. O religioso exercia o cargo em Mosul, importante cidade iraquiana tomada como capital do califado estabelecido pelo autoproclamado Estado Islâmico quando da sua expansão territorial.

Não foram poucas as vezes que o contato entre Ocidente e Oriente se deu de maneira conflituosa e, em geral, os conflitos armados não foram evitados em prol da manutenção de poder, território e/ou hegemonia. Foi em meio a um desses eventos, mais precisamente na Quinta Cruzada, que um frade católico nascido em Assis e despido de armamentos se dirigiu a uma missão pacificadora no Egito: evangelizar o sultão Malik al Kamil e, por consequência, neutralizar a resistência por ele organizada. Essa figura ímpar na história da Igreja hoje é canonizado e é conhecido como São Francisco de Assis. Dessa vez há um novo Francisco se aventurando em território inóspito, mas as intenções não são tão diferentes.

 

Passado recente marcado pela escalada de tensões

São inegáveis os esforços recentes realizados pela Igreja na tentativa de construir um ambiente mais harmonioso de diálogo com o Islã, ainda que a movimentação mais prática tenha se acentuado já no papado de Francisco. Paulo VI inaugurou, ainda em meados do século XX, as viagens de avião por parte do Chefe de Estado do Vaticano, algo que expandiu os horizontes da Igreja para a relevância de uma peregrinação in loco. Sendo assim, uma visita presencial ao Iraque é visto há anos como um fator de extrema importância para o amadurecimento desse projeto de reaproximação inter-religiosa, estando presente no radar da agenda papal desde João Paulo II.

Conhecido como o papa itinerante, o polonês esteve em impressionantes 132 países espalhados por todos os continentes do mundo, mas a fatídica ida ao Iraque, planejada em 1999, precisou ser cancelada de última hora por motivos de segurança. Apesar da dificuldade existente para se confirmar qualquer rumor envolvendo o governo iraquiano da época e tudo que o cercava, é tido como certo que o próprio Saddam Hussein tenha desencorajado tal visita por não conseguir garantir a ausência de intercorrências mais graves. Restou aos cristãos iraquianos a narrativa de que João Paulo II foi impedido por força maior e até chorou quando foi avisado acerca da impossibilidade, ainda que nunca tenha sido de fato confirmado oficialmente.

Dentro do recorte do atual século, Bento XVI não foi exatamente a liderança católica mais preocupada com questões globais e disposto a olhar para as periferias do mundo. Sua ortodoxia doutrinária e preocupação acerca da chamada “secularização” de determinadas práticas religiosas acabou o afastando do cristão médio, ou seja, aquele que professa sua fé dentro de uma realidade local altamente influenciada pelo meio no qual está inserido. Tal distanciamento valeu tanto em relação aos simpatizantes da Teologia da Libertação na América Latina quanto àqueles que pertencem a uma denominação cristã subordinada à Igreja Católica de uma forma geral. Um exemplo interessante do cenário se encontra na negativa dada ao convite de visita recebida pelo então papa por parte do governo iraquiano, após o fim oficial dos conflitos na região. A resposta oficial novamente envolveu questões de segurança, o que se apresentava como um motivo válido, mas não deixava de se encaixar ao trato pouco caloroso adotado pelo papa alemão.

Com a eleição do cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, a Igreja passaria por uma brusca revolução em sua política de diplomacia papal. Ainda que missionário, João Paulo II sempre buscou se furtar de temas polêmicos e posicionamentos que pudessem ser vistos como intransigentes. Já Bento XVI, como supracitado, pouco se ocupou de lidar com os fiéis marginalizados a nível global, muito pelos diversos problemas internos que precisou desembaraçar em paralelo à meteórica diminuição de credibilidade institucional, até sua renúncia. Francisco, por sua vez, encontrou um mundo completamente em ebulição, marcado por gigantescos manifestos nos países do Sul Global e na iminência de um colapso que chegaria àqueles que não estão mais acostumados a experienciar turbulências.

Uma das maiores tragédias humanitárias, que precisou ser encarada de frente por aquele disposto a olhar para o próximo, foi a proliferação de grupos extremistas islâmicos no Oriente Médio, em particular no Iraque e na Síria. Tal realidade não chegava a ser uma novidade na região, mas agora cobrava mais de perto um posicionamento firme da Igreja, uma vez que a população cristã local era vítima de perseguição por parte dos referidos grupos, destacadamente o autoproclamado Estado Islâmico. Seria enganoso dizer que o exercício do poder ao longo do período predominado por Saddam Hussein era pacífico, porém tampouco a invasão estrangeira liderada pelos EUA foi capaz de implementar uma democracia aos moldes ocidentais no país. O resultado imediato acabou sendo o estabelecimento de um ambiente inóspito do ponto de vista da segurança, anárquico pelo lado político e fanático sob o viés da pluralidade religiosa. Em outras palavras, tudo que parecia represado sob a liderança do sunita Saddam Hussein passou a reivindicar terreno, até mesmo porque a sua manutenção no poder envolvia recorrentes abusos contra minorias étnico-religiosas e xiitas, que representam a maior fatia da população iraquiana. Desde então, o número de cristãos no país chegou a sofrer um declínio estimado em um milhão de fiéis, caindo de 6% para 1,5% da população, somando-se aqueles que fugiram e aqueles que foram vitimados pelo genocídio local. Cenário similar tem sido enfrentado por curdos e yazidis ao longo de todos esses anos.

Traçando um breve histórico do diálogo entre os países do Golfo, vizinhos do Iraque e de maioria muçulmana, para com o Vaticano, vale lembrar que o primeiro a formalizar suas relações foi o Kuwait, ainda em 1968, menos de 10 anos após sua independência. No entanto, o segundo caso viria apenas no fim da década de 90, com o Iêmen, sendo seguido de Bahrein, Catar e Emirados Árabes, os últimos já no século XXI. Outro ponto a se ressaltar é a ausência da Arábia Saudita nessa lista, uma vez que é lá que se situam as cidades sagradas de Meca e Medina.

Estima-se que residam mais de 2,5 milhões de católicos na Península Arábica e, a fim de demonstrar cuidado com esses fiéis, Francisco contou com o cardeal francês Jean-Louis Tauran, que presidiu o Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso do Vaticano até sua morte, em julho de 2018. Ao longo de seu trabalho, o religioso deu especial importância ao diálogo com o Islã, enxergando a região como um foco de divergências étnico-religiosas que perturbariam toda a estabilidade global, algo que se provou realidade encontrando seu exemplo máximo na crise humanitária da Síria. Tauran chegou a ser recebido pelo príncipe saudita, em abril de 2018, com intuito de demonstrar maior abertura do reino absolutista, ainda que casas de oração que não sejam muçulmanas sejam proibidas no país.

 

Visita de Francisco e tentativa de reaver protagonismo

Formado pela Teologia do Povo, vertente argentina da latino-americana Teologia da Libertação, Bergoglio é visto como um reformador pela Igreja, ainda que todo movimento proposto precise ser calmamente planejado e lento como o tamanho da instituição permite. Ao retomar aquilo que considera inacabado do proposto pelo Concílio Vaticano II, o argentino faz questão de relembrar a “opção pelos pobres” explicitada pelo mesmo, afirmando que vivemos uma época “de globalização e de exclusão”. [Scannone, 2019, p. 186]

Suportada nesse mesmo princípio, é importante pontuar que, profundamente conectada a movimentos sociais, a Teologia do Povo não limita a pobreza às realidades locais e narrativas marxistas de disputas de classe. Pelo contrário, o conceito é estendido a todo tipo de marginalizado pela sociedade, o que, no entendimento de Francisco, se aplica aos cristãos perseguidos onde são minoria. Daí a ideia de estar presente nas periferias do mundo, inclusive de maneira concreta, através das viagens oficiais. Para além disso, o diálogo inter-religioso é visto pela vertente reformadora da Igreja como uma ferramenta importantíssima na construção de uma cultura de paz, nem sempre priorizada em detrimento da rigidez dogmática. [Aquino Júnior, 2017, p. 137]

Em consonância com suas crenças, Francisco tem rompido paradigmas ao fazer questão de estar presente em países onde católicos são minoria, deslocando o eurocentrismo tradicionalmente adotado pelo papado em direção a um olhar mais próximo do Sul Global, de onde ele mesmo é proveniente. Alguns exemplos desses destinos pouco ortodoxos são Mianmar, Bangladesh, Albânia, Sri Lanka, Emirados Árabes e, por fim, o próprio Iraque. É de se destacar que a visita aos Emirados Árabes encerrou anos de tensionamento institucional com o Islã sunita, resultando na assinatura do “Documento sobre a Fraternidade Humana”, em prol da paz mundial. [Reis, 2021]

Mesmo com o mundo assolado por uma pandemia, o papa pouco afeito a protocolos decidiu investir em uma empreitada solo, que contou com fortes resistências internas, e pôs em prática a inédita e tão aguardada visita ao país que guarda uma das comunidades cristãs mais antigas do mundo, ainda que diminuta e em risco de extinção. A ousada viagem passou longe de ser mera formalidade, tratando de cruzar boa parte do combalido território iraquiano e cumprindo uma agenda tão inusitada quanto relevante.

A celebração religiosa realizada nos destroços de Mosul, cidade utilizada como capital pelo autoproclamado Estado Islâmico durante a ocupação do grupo na região, representa com um simbolismo ímpar a intenção papal de reforçar a esperança em detrimento da destruição e o diálogo frente a violência. Quando somadas ao sucesso logístico da complicada peregrinação, as imagens marcantes têm tudo para contribuir na reconstrução social do país e reconfiguração de sua imagem para o exterior, ainda que em ritmo gradual.

Quanto aos fiéis locais, sentidos pelo histórico distanciamento da liderança religiosa para com sua sofrida terra natal, o Sumo Pontífice tratou de mesclar diversas ferramentas de pacificação nas relações a fim de encorajar sua profissão de fé. Os esforços passaram por visitas a cidades afastadas dos centros, porém com concentração relevante de cristãos, missa realizada em estádio de futebol, como demonstração para o mundo do que ocorria por ali, e até mesmo utilização do rito caldeu, como demonstração de respeito e reconhecimento.

Por fim, cabe pontuar as nuances que contornam o tão repercutido encontro do papa Francisco com o Grande Aiatolá Ali al-Sistani, um passo um tanto inesperado já que se tratava da primeira visita papal a um país de maioria xiita na história. Se tratando, talvez, do maior ato político do roteiro, apesar de serem duas lideranças religiosas, pode-se dizer que um importante território foi demarcado através das poucas palavras trocadas. Ali al-Sistani representa, no auge de seus 91 anos, uma liderança moderada que guia um imenso rebanho nos âmbitos moral e jurídico, para além apenas de assuntos clericais. Ainda que o xiismo seja minoria dentro do Islã global, a aproximação do catolicismo com figuras como Sistani demonstra uma clara oposição ao modelo proposto pela teocracia xiita iraniana, uma vez que o ancião se coloca abertamente contrário ao envolvimento direto de autoridades religiosas na atividade política e o Irã funciona como um ator de política internacional com a política externa fortemente influenciada por decisões clericais. [Haynes, 2016]

Com um futuro ainda repleto de incertezas e problemas sociais que se acumulam, ao Iraque não resta muito mais do que se apegar a esses breves respiros de atenção da comunidade internacional, na esperança de que braços de ajuda sejam estendidos, especialmente do ponto de vista econômico, já que a reconstrução do país é embarreirada pela crise sem fim que os sucessivos conflitos o empurraram. Do ponto de vista da Igreja sob a liderança de Francisco, dois importantes recados são deixados: é preciso olhar com os olhos do outro para que exista empatia, utopicamente deixando de lado a hierarquização econômica, e a Igreja ainda tem uma capacidade de movimentação no xadrez geopolítico que não pode ser subestimada, mesmo que para isso precise sentar lado a lado com o meio-irmão de origem abraâmica.

 

Referências

Felipe Vidal Benvenuto Alberto é graduando em Línguas Estrangeiras Aplicadas às Negociações Internacionais (LEANI) pelo Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ) e graduado em Engenharia Eletrônica pela mesma instituição. É membro da curadoria de História da China, pertencente à Coordenadoria de Estudos da Ásia (CEÁSIA) da UFPE e cursa atualmente pós-graduação lato sensu em Estudos Diplomáticos.

AQUINO JÚNIOR, Francisco de. Nas Periferias do Mundo: Fé, Igreja, Sociedade. São Paulo: Paulinas, 2017.

HAYNES, Jeffrey. Religião nas Relações Internacionais: Teoria e Prática. In: CARLETTI, Anna & FERREIRA, Marcos Alan S. V. (Coord.) Religião e Relações Internacionais: dos Debates Teóricos ao Papel do Cristianismo e do Islã. Curitiba: Juruá, 2016. p. 21-51.

HOURANI, Albert. Uma História dos Povos Árabes. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

REIS, Thales. No Iraque, papa Francisco busca aliviar as tensões entre muçulmanos e cristãos e redimensionar sua influência no Oriente Médio, 2021. Disponível em: https://diariodasnacoes.wordpress.com/2021/03/13/no-iraque-papa-francisco-busca-aliviar-as-tensoes-entre-muculmanos-e-cristaos-e-redimensionar-sua-influencia-no-oriente-medio/

SCANNONE, Juan Carlos. A Teologia do Povo: Raízes Teológicas do Papa Francisco. São Paulo: Paulinas, 2019.

SHELLEY, Bruce L. História do Cristianismo: Uma Obra Completa e Atual Sobre a Trajetória da Igreja Cristã desde as Origens até o Século XXI. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2018.

4 comentários:

  1. Respostas
    1. Felipe Vidal Benvenuto Alberto8 de outubro de 2021 às 20:15

      Agradeço pela atenção na leitura!

      Excluir
  2. Boa noite. Parabéns pelo seu texto. Na atualidade, qual é a principal causa de conflitos entre estes países. A perseguição religiosa ainda persiste ou é mais uma disputa ideológica, de poder?

    Inês Valéria Antoczecen

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Felipe Vidal Benvenuto Alberto8 de outubro de 2021 às 20:15

      Olá, Inês! Caso esteja se referindo aos conflitos constantes entre países do Oriente Médio, em geral eles estão sim relacionados até hoje a disputas de poder que conversam diretamente com questões religiosas. Acredito que o termo "perseguição religiosa" deva ser adotado cautelosamente, apesar de sua prática ainda contemporânea quando nos referimos ao que é sofrido pelas minorias étnico-religiosas locais, mas boa parte da polarização regional se conecta com as vertentes religiosas preponderantes em cada país, a exemplo das frequentes intercorrências entre Irã (de maioria xiita) e Arábia Saudita (de maioria sunita). Em suma, ainda que se mantenha como pano de fundo, os fatores religiosos estão grandemente presentes nas disputas ideológicas regionais, para muito além da velha dicotomia capitalismo/socialismo que circunda o mundo.

      Excluir

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.